Se você é pai separado e acha que virou um caixa eletrônico ambulante — sempre pingando um Pix no susto quando a mensagem no WhatsApp aparece com um “me manda metade do valor do tênis novo da Júlia” — pare tudo o que estiver fazendo e leia esse artigo até o fim.
Porque o que eu vou te mostrar aqui pode acabar com a sua dor de cabeça. Pode acabar com as brigas. Pode até impedir que você vire aquele cara que só vê o filho pela tela do celular porque a relação já azedou completamente por causa de… dinheiro. E o pior: dinheiro que, na maioria das vezes, já estava incluso na pensão.
Vamos direto ao ponto.
A VERDADE NUA E CRUA: Pensão Não É Bazar de Extras
A pensão alimentícia não é um número mágico. Não é um valor chutado no escuro. Não é “o que der esse mês”. E, definitivamente, não é um combo básico que vem com adicionais por fora via Zap.
Segundo o artigo 1.694 do Código Civil, a pensão deve garantir ao filho uma vida compatível com sua realidade social. Traduzindo do juridiquês: o filho precisa manter o padrão de vida que tinha antes da separação.
Mais claro ainda? Tudo o que ele precisa no dia a dia — roupa, calçado, escola, uniforme, transporte, alimentação, saúde, lazer — já está previsto na pensão. Não é extra. É o mínimo.
Então Por Que Tanta Gente Cobra “A Parte”?
Simples: porque ninguém faz as contas direito desde o começo.
A maioria das pensões é fixada no chute. Sem lista, sem levantamento, sem lógica. Aí vem o que eu chamo de “tempestade de boletos”: mãe cobrando, pai se irritando, filho no meio — transformado em linha de débito emocional.
Vamos falar a real aqui?
O pai acha que está sendo explorado. A mãe acha que o pai é um banana ausente. E a criança… vira orçamento de guerra.
A Fórmula Simples Que Evita Tudo Isso
Tem três pilares que a lei estabelece para calcular a pensão:
- Necessidade de quem recebe (a criança)
- Possibilidade de quem paga (o pai ou a mãe, dependendo do caso)
- Proporcionalidade entre os dois
E é aqui que entra o pulo do gato: montar uma lista detalhada dos gastos da criança. Tudo mesmo. Roupa, transporte, lanche da escola, médico, lazer, até o cursinho de balé. Isso vira um cálculo, que vira um pedido judicial — e esse sim vai ter base sólida.
Esse é o tipo de trabalho sério que evita cobrança extra no grupo do Zap e drama de novela mexicana.
Um Caso Real (E Muito Comum)
João, pai da Júlia, paga R$ X de pensão. Todo mês, sem atraso.
Mas quase toda semana vem a notificação:
“Comprei tênis novo pra Júlia. R$480. Manda metade aí.”
“Ela rasgou o uniforme. Precisei comprar outro. Faz o Pix de R$ 90?”
Até que um dia, ele responde:
“Mas eu já pago pensão. Isso aí não cobre roupa também?”
A resposta da mãe?
“Essas coisas são extras.”
ERRADO. Roupa, uniforme, tênis, escola — não são extras. São essenciais.
O Que Fazer Se a Pensão Não Está Dando Conta?
A solução é simples: ação de revisão de alimentos.
Se os custos aumentaram, se o valor atual não cobre mais tudo, a saída não é Pix fora do combinado. É atualizar judicialmente.
Porque pensão alimentícia não é favor.
Não é chantagem.
Não é castigo.
É direito da criança.
E se você entende isso — seja pai ou mãe — você tira seu filho da guerra de boletos e coloca ele no lugar certo: vivendo com dignidade.
Chega de ser caixa eletrônico.
Chega de indireta via WhatsApp.
Chega de transformar seu filho num carnê parcelado.
Quer paz? Quer justiça? Quer fazer o certo?
Monte uma lista.
Faça os cálculos.
Entre com o pedido correto.
E o mais importante: compartilhe essa informação. Manda pra quem precisa ouvir. Salva esse artigo. Porque o que falta nesse país não é amor — é informação.